segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Divisão é sinónimo de atraso

É curioso observar a história como se de uma novela se tratasse.
Afinal, não se trata da "história"?... Ora, se é "história" tem que
possuir um argumento, com encadeamentos lógicos e com um fio condutor
– ou vários – que nos permitam entender alguns mecanismos relativos ao
que determinadas atitudes coletivas possam trazer à comunidade humana
ao longo do tempo.
Por exemplo: sabemos que a prática da violência, por parte de
determinados países em certa ocasião trás – não raro – sobre esses
mesmos países, sangrentas vinganças que transformaram, frequentemente
– os dominadores de ontem em escravos do dia seguinte. Também se
observa que, quando uma nação espalha a concórdia e a sabedoria é
muitas vezes encarada – por muitos séculos – como meta a atingir para
as outras pátrias, tornando-se respeitada e protegida de todos, como
se fosse uma espécie de reserva de esperança para a humanidade.
Ora, de entre as observações que se pode realizar, à conta de
repararmos nos diversos mecanismos que reagem ao longo dos milénios,
está a constatação clara de que a união das aldeias, das cidades, dos
países e dos continentes em torno de um objetivo comum, leva a que a
comunidade prospere – partindo, obviamente, do princípio de que esse
objetivo é elevado – e com essa prosperidade abrem-se caminhos novos
para os indivíduos e para o seu conjunto numa perspetiva global.
Desde o início da história que a união das aldeias gerou cidades, a
união das cidades gerou países, a união dos países tem gerado
comunidades de nações que procuram vencer problemas que afligem os
seus membros e – no futuro – a união de todos os países gerará a
capacidade de responder melhor a desafios à escala planetária que
exigem tomadas de posição em comum para o sucesso de todos.
Pois bem, se a união parece trazer, realmente, a força, também
poderemos afirmar que a desunião, a separação, a fragmentação...
trazem o enfraquecimento, o empobrecimento, a desorientação e muitas
vezes a dor, a desolação, a morte... E isto não acontece somente ao
nível dos países! Acontece também ao nível das pessoas, nas suas vidas
particulares.
Até os animais, na grande maioria dos casos, buscam a vida grupal para
se defenderem melhor das adversidades da natureza, porque no seu
código genético – produto do laborioso trabalho da evolução ao longo
de milhões de anos – está inscrita a ordem de que se devem entreajudar
para subsistirem. Pois bem, nós, humanos, supra-sumo da obra do
Criador neste planeta, se quisermos sobreviver e viver com dignidade,
teremos de respeitar as lições da história e as da natureza. Não
poderemos, assim, deixar de constatar que, onde estiver a divisão está
o atraso e onde reinar a aliança, em torno de bons objetivos, reside o
adiantamento; reside o bem estar; reside o futuro!

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