Perante a questão, "poderemos pedir ajuda aos familiares ou amigos que
tenham passado para o mundo espiritual?", não é difícil pensarmos que
tal ajuda possa ser pedida, já que muitas vezes ouvimos falar – mesmo
na literatura espiritualista – de parentes ou amigos desencarnados que
recebem missões de auxílio aos afetos que deixaram no plano das
formas.
Ora, de facto, é comum que – até por uma questão de proximidade
vibracional, de interesses e de sentimentos – espíritos do mesmo grupo
familiar terreno – e, ao mesmo tempo, do mesmo grupo familiar
espiritual – possam auxiliar membros da mesma equipa evolutiva, ainda
a estagiar no plano físico.
Isto, porém, acontece segundo determinação dos planos superiores que
sabem se determinada criatura tem condições de auxiliar a outra, coisa
que, nós próprios, no mundo físico, não temos condição de saber com
segurança, ainda que determinado parente ou amigo falecido seja, aos
nossos olhos, modelo de virtude e de probidade.
É certo que, não raro, alguns de nós sentem que uma avó, um tio, um
amigo, possa estar ajudando, de algum modo, porque até já fazia isso
no mundo material e, sentimos nós, pode continuar a fazê-lo no mundo
espiritual. Realmente, é bem possível que tal possa acontecer. No
entanto, não podemos ter a certeza absoluta, a menos que a entidade em
questão nos apareça e comunique claramente estar a ajudar.
Assim sendo, sem colocar em causa os sentimentos que nos levam a
atribuir aos nossos "mortos" queridos as intuições, ou outro tipo de
apoios que sentimos do mundo invisível, parece mais seguro que à
questão que dá título a este tópico, nos vejamos inclinados a
responder "não", para tentarmos evitar que, de modo geral, as pessoas
possam pedir auxílio aos afetos que partiram para a vida nova, a fim
de que não se dê o caso de tal espírito não estar em condições de
atender e ficar em posição de desequilíbrio íntimo por não poder
auxiliar.
Como nota final, diria ainda que o melhor é pedirmos auxílio ao nosso
anjo da guarda, a Jesus ou a Deus – sem esquecer os santos ou outras
entidades espirituais a que as pessoas possam ser devotas – uma vez
que tais pedidos acabam por ser atendidos pelo mundo espiritual
superior, através daqueles que estejam em melhor posição para
ministrar a ajuda necessária. E, realmente, muitas vezes, esses
instrumentos de atendimento acabam mesmo por ser amigos ou parentes
que, na vida maior, estão em condição de nos assistir...
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
O Fenómeno Lázaro
Documentário - O fenómeno Lázaro:
Carregue no Link abaixo para assistir:
http://www.youtube.com/watch?v=yT1jVMimlkA
Sinopse:
As pessoas podem realmente voltar dos mortos e contar a sua história?
Uma pesquisa constatou que 8 milhões de americanos adultos já tiveram
uma experiência de "quase-morte", praticamente uma em cada 20 pessoas,
renovando, assim, o interesse sobre a realidade da vida após a morte.
O Fenómeno Lázaro, uma investigação da realidade, se existir, da vida
após a morte.
Seja qual for o nosso posicionamento em relação à questão da vida após
a morte, importa estarmos informados sobre dados relativos às
investigações científicas sobre o tema e conhecer um pouco da história
relacionada com as crenças ligadas à perenidade da existência.
No atual estado de evolução da humanidade, nem a espiritualidade
conseguirá chegar a todos de modo a mostrar-lhes uma verdade em que só
poderão acreditar com base no raciocínio, nem a ciência, sozinha,
conseguirá preencher as lacunas evidenciadas pela exiguidade do campo
vislumbrado, apenas, pelos 5 sentidos, ainda que aumentados pela
aparelhagem disponível.
Então, é necessário que a ciência e a intuição se unam, tentando
garantir um ponto de partida forte para o estudo e a meditação sobre
esta temática que nos convida a refletir sobre a continuidade da
existência e a lógica universal.
Jesus conta a parábola do rico e de Lázaro em que o primeiro, já
depois de morto, pede que o segundo – já morto também – possa ir
avisar a sua família de que a vida continua, para que os seus parentes
pudessem viver de modo a terem uma vida mais digna no futuro, depois
do túmulo...
Será que o "fenómeno Lázaro" teria correspondência na vida de todos os dias?...
Será que precisamos de mudar os nossos paradigmas, a fim de
garantirmos uma existência melhor no porvir?...
O estudo da espiritualidade é, sobretudo, um desafio para que possamos
avaliar se estamos a fazer tudo o que podemos para garantir o
equilíbrio das nossas vidas, agora e depois do túmulo, a fim de que
não nos vejamos no papel do rico imprudente de que nos fala Jesus.
Carregue no Link abaixo para assistir:
http://www.youtube.com/watch?v=yT1jVMimlkA
Sinopse:
As pessoas podem realmente voltar dos mortos e contar a sua história?
Uma pesquisa constatou que 8 milhões de americanos adultos já tiveram
uma experiência de "quase-morte", praticamente uma em cada 20 pessoas,
renovando, assim, o interesse sobre a realidade da vida após a morte.
O Fenómeno Lázaro, uma investigação da realidade, se existir, da vida
após a morte.
Seja qual for o nosso posicionamento em relação à questão da vida após
a morte, importa estarmos informados sobre dados relativos às
investigações científicas sobre o tema e conhecer um pouco da história
relacionada com as crenças ligadas à perenidade da existência.
No atual estado de evolução da humanidade, nem a espiritualidade
conseguirá chegar a todos de modo a mostrar-lhes uma verdade em que só
poderão acreditar com base no raciocínio, nem a ciência, sozinha,
conseguirá preencher as lacunas evidenciadas pela exiguidade do campo
vislumbrado, apenas, pelos 5 sentidos, ainda que aumentados pela
aparelhagem disponível.
Então, é necessário que a ciência e a intuição se unam, tentando
garantir um ponto de partida forte para o estudo e a meditação sobre
esta temática que nos convida a refletir sobre a continuidade da
existência e a lógica universal.
Jesus conta a parábola do rico e de Lázaro em que o primeiro, já
depois de morto, pede que o segundo – já morto também – possa ir
avisar a sua família de que a vida continua, para que os seus parentes
pudessem viver de modo a terem uma vida mais digna no futuro, depois
do túmulo...
Será que o "fenómeno Lázaro" teria correspondência na vida de todos os dias?...
Será que precisamos de mudar os nossos paradigmas, a fim de
garantirmos uma existência melhor no porvir?...
O estudo da espiritualidade é, sobretudo, um desafio para que possamos
avaliar se estamos a fazer tudo o que podemos para garantir o
equilíbrio das nossas vidas, agora e depois do túmulo, a fim de que
não nos vejamos no papel do rico imprudente de que nos fala Jesus.
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Divisão é sinónimo de atraso
É curioso observar a história como se de uma novela se tratasse.
Afinal, não se trata da "história"?... Ora, se é "história" tem que
possuir um argumento, com encadeamentos lógicos e com um fio condutor
– ou vários – que nos permitam entender alguns mecanismos relativos ao
que determinadas atitudes coletivas possam trazer à comunidade humana
ao longo do tempo.
Por exemplo: sabemos que a prática da violência, por parte de
determinados países em certa ocasião trás – não raro – sobre esses
mesmos países, sangrentas vinganças que transformaram, frequentemente
– os dominadores de ontem em escravos do dia seguinte. Também se
observa que, quando uma nação espalha a concórdia e a sabedoria é
muitas vezes encarada – por muitos séculos – como meta a atingir para
as outras pátrias, tornando-se respeitada e protegida de todos, como
se fosse uma espécie de reserva de esperança para a humanidade.
Ora, de entre as observações que se pode realizar, à conta de
repararmos nos diversos mecanismos que reagem ao longo dos milénios,
está a constatação clara de que a união das aldeias, das cidades, dos
países e dos continentes em torno de um objetivo comum, leva a que a
comunidade prospere – partindo, obviamente, do princípio de que esse
objetivo é elevado – e com essa prosperidade abrem-se caminhos novos
para os indivíduos e para o seu conjunto numa perspetiva global.
Desde o início da história que a união das aldeias gerou cidades, a
união das cidades gerou países, a união dos países tem gerado
comunidades de nações que procuram vencer problemas que afligem os
seus membros e – no futuro – a união de todos os países gerará a
capacidade de responder melhor a desafios à escala planetária que
exigem tomadas de posição em comum para o sucesso de todos.
Pois bem, se a união parece trazer, realmente, a força, também
poderemos afirmar que a desunião, a separação, a fragmentação...
trazem o enfraquecimento, o empobrecimento, a desorientação e muitas
vezes a dor, a desolação, a morte... E isto não acontece somente ao
nível dos países! Acontece também ao nível das pessoas, nas suas vidas
particulares.
Até os animais, na grande maioria dos casos, buscam a vida grupal para
se defenderem melhor das adversidades da natureza, porque no seu
código genético – produto do laborioso trabalho da evolução ao longo
de milhões de anos – está inscrita a ordem de que se devem entreajudar
para subsistirem. Pois bem, nós, humanos, supra-sumo da obra do
Criador neste planeta, se quisermos sobreviver e viver com dignidade,
teremos de respeitar as lições da história e as da natureza. Não
poderemos, assim, deixar de constatar que, onde estiver a divisão está
o atraso e onde reinar a aliança, em torno de bons objetivos, reside o
adiantamento; reside o bem estar; reside o futuro!
Afinal, não se trata da "história"?... Ora, se é "história" tem que
possuir um argumento, com encadeamentos lógicos e com um fio condutor
– ou vários – que nos permitam entender alguns mecanismos relativos ao
que determinadas atitudes coletivas possam trazer à comunidade humana
ao longo do tempo.
Por exemplo: sabemos que a prática da violência, por parte de
determinados países em certa ocasião trás – não raro – sobre esses
mesmos países, sangrentas vinganças que transformaram, frequentemente
– os dominadores de ontem em escravos do dia seguinte. Também se
observa que, quando uma nação espalha a concórdia e a sabedoria é
muitas vezes encarada – por muitos séculos – como meta a atingir para
as outras pátrias, tornando-se respeitada e protegida de todos, como
se fosse uma espécie de reserva de esperança para a humanidade.
Ora, de entre as observações que se pode realizar, à conta de
repararmos nos diversos mecanismos que reagem ao longo dos milénios,
está a constatação clara de que a união das aldeias, das cidades, dos
países e dos continentes em torno de um objetivo comum, leva a que a
comunidade prospere – partindo, obviamente, do princípio de que esse
objetivo é elevado – e com essa prosperidade abrem-se caminhos novos
para os indivíduos e para o seu conjunto numa perspetiva global.
Desde o início da história que a união das aldeias gerou cidades, a
união das cidades gerou países, a união dos países tem gerado
comunidades de nações que procuram vencer problemas que afligem os
seus membros e – no futuro – a união de todos os países gerará a
capacidade de responder melhor a desafios à escala planetária que
exigem tomadas de posição em comum para o sucesso de todos.
Pois bem, se a união parece trazer, realmente, a força, também
poderemos afirmar que a desunião, a separação, a fragmentação...
trazem o enfraquecimento, o empobrecimento, a desorientação e muitas
vezes a dor, a desolação, a morte... E isto não acontece somente ao
nível dos países! Acontece também ao nível das pessoas, nas suas vidas
particulares.
Até os animais, na grande maioria dos casos, buscam a vida grupal para
se defenderem melhor das adversidades da natureza, porque no seu
código genético – produto do laborioso trabalho da evolução ao longo
de milhões de anos – está inscrita a ordem de que se devem entreajudar
para subsistirem. Pois bem, nós, humanos, supra-sumo da obra do
Criador neste planeta, se quisermos sobreviver e viver com dignidade,
teremos de respeitar as lições da história e as da natureza. Não
poderemos, assim, deixar de constatar que, onde estiver a divisão está
o atraso e onde reinar a aliança, em torno de bons objetivos, reside o
adiantamento; reside o bem estar; reside o futuro!
terça-feira, 9 de outubro de 2012
A Coroa da Vida
É realmente preciso ter coragem! É realmente necessário ter força de vontade! É realmente impreterível ter fé para conseguir! Não está ao alcance de todos chegar ao objectivo final da existência, aliás, não está ao alcance da maioria, pelo menos por agora, sequer, descobrir qual seja esse objectivo…Mas afinal, que objectivo seria esse?
Não se pode, na verdade, revelar objectivamente a cada um qual seja o seu caminho para a vitória. É que cada um se encontra em um ponto diferente do percurso que até ela conduz, portanto, o caminho de cada um há-de diferir, em algum pormenor, do caminho dos outros. Mas deixemo-nos de filosofias, que não foi para isso que aqui nos viemos achar unidos por estas poucas linhas… O que queremos afirmar é que apesar dos nossos defeitos, dúvidas, faltas ou incapacidades, todos temos a capacidade de descobrir o nosso caminho para chegarmos ao objectivo maior das nossas vidas. De uma forma geral, este objectivo é o de aprendermos a Amar como Jesus nos Ama, cabendo a cada um descobrir como pôr em prática na sua vida essa forma de Amar. É importante saber que, mesmo quando todos os que diziam amar-nos possam voltar-nos as costas, mesmo quando todos aqueles que afirmavam poder vir a auxiliar-nos passam a agir como se não servíssemos para nada e ainda que aqueles que um dia juraram fidelidade eterna ao nosso coração passem a tratar-nos com a maior das indiferenças… até nessas ocasiões… ou especialmente nessas ocasiões… Jesus estende-nos a sua mão e quer aproveitar-nos para algo de bom… Basta que nós queiramos também…
A questão é nunca desistir! Nunca desistir do bem… Nunca desistir da generosidade… Nunca desistir do perdão… Numa palavra: Nunca desistir do Amor! Não olvidemos o que recomenda o Cristo no Seu Apocalipse: “Persevera até à morte e Eu te darei A Coroa da Vida”.
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
O karma do desemprego
Levando em consideração a quantidade de desempregados que estão a
aparecer nas sociedades ocidentalizadas, por mais que os fatores que
conduzem ao desemprego estejam identificados pela economia e pelas
outras ciências sociais, não consigo deixar de me perguntar se não
existe nenhuma causa cármica para encontrarmos tantas pessoas sem
conseguirem ocupar o seu tempo. Pergunto-me também qual será a
intenção da lei universal ao fazer com que essa dita causa cármica se
expresse desta forma, a do desemprego?... O que será que é esperado
dos desempregados, como grupo?
Para mim, estas questões têm todo o cabimento porque não acredito que
algo possa acontecer sem uma causa mística – quero dizer, para além
das causas estritamente materiais – bem como acredito que nada
acontece sem que desse fato não sejam esperados – por quem decide os
destinos do planeta – um resultado concreto. Esclareço que quando digo
"alguém responsável pelos destinos do planeta" refiro-me a uma
entidade, ou conjunto de entidades, espirituais que cuidam do nosso
destino. Chamem-lhe Deus, digam que é Jesus, ou afirmem tratar-se de
um conjunto de seres; certo é para mim que – independentemente da
designação atribuída - alguma força ou ser toma conta dos destinos do
mundo, porque a história mostra que tudo o que aconteceu até agora
teve uma determinada função de nos conduzir exatamente até onde viemos
e não a qualquer outro lugar ou situação.
Posto isto, reavivo as questões, que causas cármicas nos levaram ao
desemprego endémico e o que se espera dos desempregados como ação para
o ultrapassar dos problemas em que esse grupo de pessoas se encontram?
Para mim são precisas duas respostas claras a estas duas questões.
Ora, a causa cármica que pode ter levado ao desemprego crescente pode
ter sido, para além de todas as causas económicas e sociais que já se
conhecem, o fato de muita gente em outras existências não ter dado
valor ao trabalho e tivesse deixado morrer de fome – ou passar
dificuldades – pessoas que queriam um pedaço de terra para cultivar ou
um bocado de pão para comer e não tiveram.
No tocante à questão do futuro e do que se espera de quem está
desempregado atualmente; acho que é esperado que as pessoas
desempregadas aprendam – nuns casos – a dar mais valor ao trabalho e
menos valor ao descanso – e possam buscar, não apenas ocupações que
lhes respondam às necessidades da realização profissional ou dos
ganhos materiais, mas também ocupações que lhes preencham o sentido da
solidariedade e a necessidade de entenderem que não são somente
máquinas de ganhar e de gastar dinheiro.
Alguém poderia perguntar se as pessoas que continuam empregadas
também não precisariam de desenvolver o sentimento solidário e a
consciência da sua existência para além do ledo ganhar e gastar...
Certamente que todos precisamos disso! Entretanto, quando nos achamos
muito ocupados com os objetivos mais restritos do "ganha e gasta"
poucos de nós conseguem levantar os olhos dessas necessidades para,
sequer, se dar conta da existência de outras...
Não queremos, com isto, dizer que quem está desempregado está nessa
posição para aprender a ser mais solidário e menos consumista. No
entanto, convém não esquecer que, frequentemente, a sociedade só se
torna mais altruística – no sentido da sua globalidade – quando é
colocada diante dum problema de dimensão mais global... Talvez, depois
de passada esta crise económica – mas não apenas económica – ecluda
uma humanidade mais generosa e consciente dos valores da
fraternidade... Uma humanidade para quem Jesus não tenha de repetir
tantas vezes: "fazei aos outros aquilo que quereis que os outros vos
façam a vós!"...
aparecer nas sociedades ocidentalizadas, por mais que os fatores que
conduzem ao desemprego estejam identificados pela economia e pelas
outras ciências sociais, não consigo deixar de me perguntar se não
existe nenhuma causa cármica para encontrarmos tantas pessoas sem
conseguirem ocupar o seu tempo. Pergunto-me também qual será a
intenção da lei universal ao fazer com que essa dita causa cármica se
expresse desta forma, a do desemprego?... O que será que é esperado
dos desempregados, como grupo?
Para mim, estas questões têm todo o cabimento porque não acredito que
algo possa acontecer sem uma causa mística – quero dizer, para além
das causas estritamente materiais – bem como acredito que nada
acontece sem que desse fato não sejam esperados – por quem decide os
destinos do planeta – um resultado concreto. Esclareço que quando digo
"alguém responsável pelos destinos do planeta" refiro-me a uma
entidade, ou conjunto de entidades, espirituais que cuidam do nosso
destino. Chamem-lhe Deus, digam que é Jesus, ou afirmem tratar-se de
um conjunto de seres; certo é para mim que – independentemente da
designação atribuída - alguma força ou ser toma conta dos destinos do
mundo, porque a história mostra que tudo o que aconteceu até agora
teve uma determinada função de nos conduzir exatamente até onde viemos
e não a qualquer outro lugar ou situação.
Posto isto, reavivo as questões, que causas cármicas nos levaram ao
desemprego endémico e o que se espera dos desempregados como ação para
o ultrapassar dos problemas em que esse grupo de pessoas se encontram?
Para mim são precisas duas respostas claras a estas duas questões.
Ora, a causa cármica que pode ter levado ao desemprego crescente pode
ter sido, para além de todas as causas económicas e sociais que já se
conhecem, o fato de muita gente em outras existências não ter dado
valor ao trabalho e tivesse deixado morrer de fome – ou passar
dificuldades – pessoas que queriam um pedaço de terra para cultivar ou
um bocado de pão para comer e não tiveram.
No tocante à questão do futuro e do que se espera de quem está
desempregado atualmente; acho que é esperado que as pessoas
desempregadas aprendam – nuns casos – a dar mais valor ao trabalho e
menos valor ao descanso – e possam buscar, não apenas ocupações que
lhes respondam às necessidades da realização profissional ou dos
ganhos materiais, mas também ocupações que lhes preencham o sentido da
solidariedade e a necessidade de entenderem que não são somente
máquinas de ganhar e de gastar dinheiro.
Alguém poderia perguntar se as pessoas que continuam empregadas
também não precisariam de desenvolver o sentimento solidário e a
consciência da sua existência para além do ledo ganhar e gastar...
Certamente que todos precisamos disso! Entretanto, quando nos achamos
muito ocupados com os objetivos mais restritos do "ganha e gasta"
poucos de nós conseguem levantar os olhos dessas necessidades para,
sequer, se dar conta da existência de outras...
Não queremos, com isto, dizer que quem está desempregado está nessa
posição para aprender a ser mais solidário e menos consumista. No
entanto, convém não esquecer que, frequentemente, a sociedade só se
torna mais altruística – no sentido da sua globalidade – quando é
colocada diante dum problema de dimensão mais global... Talvez, depois
de passada esta crise económica – mas não apenas económica – ecluda
uma humanidade mais generosa e consciente dos valores da
fraternidade... Uma humanidade para quem Jesus não tenha de repetir
tantas vezes: "fazei aos outros aquilo que quereis que os outros vos
façam a vós!"...
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Diante da depressão, trabalhe
Pode até parecer um tanto desapiedada, esta recomendação de trabalhar
quando nos encontramos deprimidos... "Mas, afinal", argumentarão
alguns, "Eu estou em depressão porque me encontro doente, ou
desempregado... como é que vou trabalhar... isso queria eu, mas não
posso!"
Pois, muito bem, terão toda a razão – dentro do seu ponto de vista –
aqueles que assim argumentarem; todavia, se me derem uns minutinhos
mais do vosso tempo, procurarei esclarecer o sentido da recomendação
que dá título a esta nossa conversinha...
Quando me refiro aqui ao trabalho, não falo somente do trabalho
braçal ou intelectual que poderemos fazer, sendo justamente
remunerados, a fim de suprirmos as necessidades da subsistência ou as
da auto realização. Falo aqui, também, do trabalho como atividade
permanente em diversos campos da existência.
Vejamos um exemplo: se a pessoa está desempregada, e acha-se
deprimida por causa disso, mandá-la trabalhar pode parecer até
brincadeira ou sadismo... Contudo, trata-se aqui do trabalho de a
pessoa desempregada se manter ativa. Seja a procurar emprego sem
desfalecimento, seja a buscar oportunidades de formação que a
qualifiquem melhor para o mercado de trabalho, o importante é que o
indivíduo em causa não se prostre, pensando que mais nada poderá
realizar por si mesmo ou pelos outros.
Aliás, a propósito de realizar alguma coisa pelos outros, por
estranho que pareça, esse é um trabalho ao alcance – seja dos
desempregados, seja dos doentes – por muito mal que se sintam, física
ou psicologicamente. É que, uma palavra de incentivo ou um exemplo de
Boa Vontade, vindos de alguém debilitado – pela enfermidade ou por
outro infortúnio qualquer – tem, muitas vezes, um efeito muito maior
do que as mesmas palavras ou exemplos dados por uma pessoa que se ache
equilibrada ou tranquila...
Quantas vezes nos não deixamos impressionar positivamente pela
recomendação do aleijado que nos incita a não perder a esperança e
prosseguir lutando? Quantas vezes nos não deixamos comover pelo
sorriso do doente que esperávamos encontrar choroso no hospital onde o
fomos visitar? Quantas vezes nos não surpreendemos à frente da palavra
de bom ânimo vinda da boca de alguém que possa ter visto a sua vida
"engolida" pelos mais variados dissabores?...
Então, insisto; diante da depressão, trabalhemos! Busquemos a
atividade construtiva e inspiradora, a fim de servirmos de exemplo aos
que, a nosso lado no caminho da vida, se possam ver na contingência de
estarem tão ou mais deprimidos do que nós mesmos. É que, se agirmos de
modo desesperado ou ausente – como quem está cansado de viver –
estaremos a dar um mau exemplo e a comprometer ainda mais a nossa
vida.
Ora, se é o caso de você viver uma situação difícil, entre fazer
reclame à inércia caraterística dos que perderam todas as esperanças
ou procurar encarnar a vontade decidida, conquanto equilibrada, de
seguir em frente; prefira a segunda hipótese e trabalhe por ela! Tal
procedimento vai abrir caminho a si e a muita gente que possa querer
seguir os seus passos...
quando nos encontramos deprimidos... "Mas, afinal", argumentarão
alguns, "Eu estou em depressão porque me encontro doente, ou
desempregado... como é que vou trabalhar... isso queria eu, mas não
posso!"
Pois, muito bem, terão toda a razão – dentro do seu ponto de vista –
aqueles que assim argumentarem; todavia, se me derem uns minutinhos
mais do vosso tempo, procurarei esclarecer o sentido da recomendação
que dá título a esta nossa conversinha...
Quando me refiro aqui ao trabalho, não falo somente do trabalho
braçal ou intelectual que poderemos fazer, sendo justamente
remunerados, a fim de suprirmos as necessidades da subsistência ou as
da auto realização. Falo aqui, também, do trabalho como atividade
permanente em diversos campos da existência.
Vejamos um exemplo: se a pessoa está desempregada, e acha-se
deprimida por causa disso, mandá-la trabalhar pode parecer até
brincadeira ou sadismo... Contudo, trata-se aqui do trabalho de a
pessoa desempregada se manter ativa. Seja a procurar emprego sem
desfalecimento, seja a buscar oportunidades de formação que a
qualifiquem melhor para o mercado de trabalho, o importante é que o
indivíduo em causa não se prostre, pensando que mais nada poderá
realizar por si mesmo ou pelos outros.
Aliás, a propósito de realizar alguma coisa pelos outros, por
estranho que pareça, esse é um trabalho ao alcance – seja dos
desempregados, seja dos doentes – por muito mal que se sintam, física
ou psicologicamente. É que, uma palavra de incentivo ou um exemplo de
Boa Vontade, vindos de alguém debilitado – pela enfermidade ou por
outro infortúnio qualquer – tem, muitas vezes, um efeito muito maior
do que as mesmas palavras ou exemplos dados por uma pessoa que se ache
equilibrada ou tranquila...
Quantas vezes nos não deixamos impressionar positivamente pela
recomendação do aleijado que nos incita a não perder a esperança e
prosseguir lutando? Quantas vezes nos não deixamos comover pelo
sorriso do doente que esperávamos encontrar choroso no hospital onde o
fomos visitar? Quantas vezes nos não surpreendemos à frente da palavra
de bom ânimo vinda da boca de alguém que possa ter visto a sua vida
"engolida" pelos mais variados dissabores?...
Então, insisto; diante da depressão, trabalhemos! Busquemos a
atividade construtiva e inspiradora, a fim de servirmos de exemplo aos
que, a nosso lado no caminho da vida, se possam ver na contingência de
estarem tão ou mais deprimidos do que nós mesmos. É que, se agirmos de
modo desesperado ou ausente – como quem está cansado de viver –
estaremos a dar um mau exemplo e a comprometer ainda mais a nossa
vida.
Ora, se é o caso de você viver uma situação difícil, entre fazer
reclame à inércia caraterística dos que perderam todas as esperanças
ou procurar encarnar a vontade decidida, conquanto equilibrada, de
seguir em frente; prefira a segunda hipótese e trabalhe por ela! Tal
procedimento vai abrir caminho a si e a muita gente que possa querer
seguir os seus passos...
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
O Universo funciona em sintonia
Quando relanceamos o olhar pela nossa vida e levamos em consideração o
que já nos aconteceu, não será difícil, na grande maioria dos casos,
detetar-se que as leis de sintonia funcionaram – de modo, muitas
vezes, francamente simples de identificar, trazendo a cada momento o
resultado evidente das ações por nós perpetradas em ocasiões
anteriores.
Aliás, sabendo ou não, todos buscamos valer-nos da sintonia do
Universo, a fim de planearmos as nossas vidas ou no intuito de
auxiliarmos os nossos familiares e amigos a planearem as deles.
Afinal, que estamos a fazer quando pensamos em tirar um curso para
obter um bom emprego? Estamos a utilizar a lei de sintonia que nos
permite entender que o esforço de nos prepararmos para uma profissão
vai trazer melhores probabilidades de a conseguirmos.
E quando nos aprontamos para uma viagem de férias... Não decidimos o
local para onde queremos ir? Não tomamos em consideração a viagem até
lá e não procuramos criar as condições para que tudo transcorra do
modo mais satisfatório?
E quando pretendemos fazer um investimento em dinheiro? Não
consultamos o banco ou um corretor bolsista para obtermos a informação
que nos garanta o melhor resultado?... Não sabemos muito bem que
quanto melhor nos fizermos aconselhar, mais probabilidades teremos de
obter um bom rendimento?
Pois bem, parece que não há dúvida... A uma determinada ação, ou
conjunto de ações, correspondem maiores probabilidades de os fatos
transcorrerem de determinada maneira. Há uma previsibilidade nos
acontecimentos que nos leva a agir de certo modo para atingir certo
objetivo. Ora, o que é isso senão as leis de sintonia em atividade? É
ou não verdade que temos a certeza absoluta que se almejamos criar
determinadas circunstâncias – ou, pelo menos, favorecer a sua eclosão
– devemos proceder desta ou daquela forma?...
Então, está claro: Nós somos capazes de utilizar alguns aspetos da
lei da sintonia a nosso favor. A grande questão está em tentarmos usar
ainda mais essa lei, não de maneira pouco frequente e meio
desapercebida como acontece muitas vezes, mas de um modo cada vez mais
intencional e quotidiano.
Procuremos, especialmente nos momentos de sofrimento, tentar reverter
os quadros de dor, usando essa lei, colocando em marcha ações,
palavras e pensamentos que contraponham tudo o que é negativo com a
positividade da nossa alma... Busquemos reagir com base no que nos
aconselha S. Francisco de Assis, o qual inicia assim a sua oração:
"Senhor, fazei de mim um instrumento da vossa paz.
Onde haja ódio, consenti que eu semeie amor;
Perdão onde haja injúria;
Fé onde haja dúvida;
Verdade onde haja mentira;
Esperança onde haja desespero;
Luz onde haja treva;
União onde haja discórdia;
Alegria onde haja tristeza"...
que já nos aconteceu, não será difícil, na grande maioria dos casos,
detetar-se que as leis de sintonia funcionaram – de modo, muitas
vezes, francamente simples de identificar, trazendo a cada momento o
resultado evidente das ações por nós perpetradas em ocasiões
anteriores.
Aliás, sabendo ou não, todos buscamos valer-nos da sintonia do
Universo, a fim de planearmos as nossas vidas ou no intuito de
auxiliarmos os nossos familiares e amigos a planearem as deles.
Afinal, que estamos a fazer quando pensamos em tirar um curso para
obter um bom emprego? Estamos a utilizar a lei de sintonia que nos
permite entender que o esforço de nos prepararmos para uma profissão
vai trazer melhores probabilidades de a conseguirmos.
E quando nos aprontamos para uma viagem de férias... Não decidimos o
local para onde queremos ir? Não tomamos em consideração a viagem até
lá e não procuramos criar as condições para que tudo transcorra do
modo mais satisfatório?
E quando pretendemos fazer um investimento em dinheiro? Não
consultamos o banco ou um corretor bolsista para obtermos a informação
que nos garanta o melhor resultado?... Não sabemos muito bem que
quanto melhor nos fizermos aconselhar, mais probabilidades teremos de
obter um bom rendimento?
Pois bem, parece que não há dúvida... A uma determinada ação, ou
conjunto de ações, correspondem maiores probabilidades de os fatos
transcorrerem de determinada maneira. Há uma previsibilidade nos
acontecimentos que nos leva a agir de certo modo para atingir certo
objetivo. Ora, o que é isso senão as leis de sintonia em atividade? É
ou não verdade que temos a certeza absoluta que se almejamos criar
determinadas circunstâncias – ou, pelo menos, favorecer a sua eclosão
– devemos proceder desta ou daquela forma?...
Então, está claro: Nós somos capazes de utilizar alguns aspetos da
lei da sintonia a nosso favor. A grande questão está em tentarmos usar
ainda mais essa lei, não de maneira pouco frequente e meio
desapercebida como acontece muitas vezes, mas de um modo cada vez mais
intencional e quotidiano.
Procuremos, especialmente nos momentos de sofrimento, tentar reverter
os quadros de dor, usando essa lei, colocando em marcha ações,
palavras e pensamentos que contraponham tudo o que é negativo com a
positividade da nossa alma... Busquemos reagir com base no que nos
aconselha S. Francisco de Assis, o qual inicia assim a sua oração:
"Senhor, fazei de mim um instrumento da vossa paz.
Onde haja ódio, consenti que eu semeie amor;
Perdão onde haja injúria;
Fé onde haja dúvida;
Verdade onde haja mentira;
Esperança onde haja desespero;
Luz onde haja treva;
União onde haja discórdia;
Alegria onde haja tristeza"...
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
Mantenha-se jovem, aceitando melhorar-se
O elixir da juventude tem sido vastamente perseguido ao longo da
história. Pensou-se que fosse uma bebida ou que se achasse escondido
atrás de antigos ritos de magia; mas por muito que se prolongue a vida
do corpo _ certamente a ciência ainda tem muito a dizer nesse campo _
não se poderá evitar o envelhecimento sem manter em forma algo mais do
que a máquina de carne e osso.
Costuma dizer-se _ e em muitos aspectos com toda a razão _ que a
longevidade traz a experiência. Realmente, ninguém pode negar que as
pessoas mais idosas guardam o património de saberes acumulados que
podem transformar-se numa capacidade acrescida de tomar decisões,
orientar, discernir sobre os melhores caminhos a percorrer... Mas há
também um perigo associado a este contexto: o da inflexibilidade.
À medida que nos vamos tornando senhores de maiores mananciais de
informação, podemos ir construindo a tendência de não aceitar
renová-la ou, ao menos, enriquecê-la. Na mesma proporção em que nos
vamos tornando mais capazes de deduzir resultados de processos que já
conhecemos, podemos começar a perder a paciência com aqueles que _
menos habituados que nós a certas lições da vida _ insistem em seguir
caminhos que há muito tempo pusemos de lado.
Devemos combater, desde jovens, estas armadilhas da madureza.
Madureza essa que, aliás, com o apressar de vivências a que a
velocidade da sociedade actual nos faz viver, chega cada vez mais cedo
e nem sempre se manifesta naquilo que tem de melhor. Não é difícil
encontrarmos jovens de trinta anos em patamares que a maioria dos
membros da geração anterior à de hoje só alcançaram vinte anos mais
tarde, a exibirem níveis de mau orgulho e impermeabilidade à renovação
interior perfeitamente alarmantes.
Temos de nos precaver a fim de não nos tornarmos velhos por dentro.
Essa é, efectivamente, a única forma realmente nociva de envelhecer.
Quando o nosso psiquismo e o nosso sentimento se deixam enredar pela
sensação de que já não têm muito o que aprender e se começam a fechar
demasiado aos constantes desafios que as circunstâncias lhes propõem,
tudo fica mais difícil porque a pessoa se torna cada vez mais
inflexível e pode deixar de progredir; seja como ser humano, seja como
profissional ou em qualquer outro campo.
Há que permanecermos atentos e exigentes em relação à nossa boa forma
mental e emocional. Da mesma maneira que os nossos músculos precisam
de se manterem suficientemente elásticos para garantirem os movimentos
do corpo, também as engrenagens psíquicas e emotivas do nosso ser
reclamam constante lubrificação, fornecida pela vontade e pela
determinação bem conduzidas no sentido de nos mantermos
equilibradamente sensíveis às mudanças que ocorrem ao nosso redor. Se
associarmos a esta disposição uma permanente obstinação em nos
melhorarmos naquilo em que estivermos a falhar, garantiremos a nós
mesmos muito maiores possibilidades de não perder o contacto com a
realidade, mantendo-nos, assim, eternamente jovens.
história. Pensou-se que fosse uma bebida ou que se achasse escondido
atrás de antigos ritos de magia; mas por muito que se prolongue a vida
do corpo _ certamente a ciência ainda tem muito a dizer nesse campo _
não se poderá evitar o envelhecimento sem manter em forma algo mais do
que a máquina de carne e osso.
Costuma dizer-se _ e em muitos aspectos com toda a razão _ que a
longevidade traz a experiência. Realmente, ninguém pode negar que as
pessoas mais idosas guardam o património de saberes acumulados que
podem transformar-se numa capacidade acrescida de tomar decisões,
orientar, discernir sobre os melhores caminhos a percorrer... Mas há
também um perigo associado a este contexto: o da inflexibilidade.
À medida que nos vamos tornando senhores de maiores mananciais de
informação, podemos ir construindo a tendência de não aceitar
renová-la ou, ao menos, enriquecê-la. Na mesma proporção em que nos
vamos tornando mais capazes de deduzir resultados de processos que já
conhecemos, podemos começar a perder a paciência com aqueles que _
menos habituados que nós a certas lições da vida _ insistem em seguir
caminhos que há muito tempo pusemos de lado.
Devemos combater, desde jovens, estas armadilhas da madureza.
Madureza essa que, aliás, com o apressar de vivências a que a
velocidade da sociedade actual nos faz viver, chega cada vez mais cedo
e nem sempre se manifesta naquilo que tem de melhor. Não é difícil
encontrarmos jovens de trinta anos em patamares que a maioria dos
membros da geração anterior à de hoje só alcançaram vinte anos mais
tarde, a exibirem níveis de mau orgulho e impermeabilidade à renovação
interior perfeitamente alarmantes.
Temos de nos precaver a fim de não nos tornarmos velhos por dentro.
Essa é, efectivamente, a única forma realmente nociva de envelhecer.
Quando o nosso psiquismo e o nosso sentimento se deixam enredar pela
sensação de que já não têm muito o que aprender e se começam a fechar
demasiado aos constantes desafios que as circunstâncias lhes propõem,
tudo fica mais difícil porque a pessoa se torna cada vez mais
inflexível e pode deixar de progredir; seja como ser humano, seja como
profissional ou em qualquer outro campo.
Há que permanecermos atentos e exigentes em relação à nossa boa forma
mental e emocional. Da mesma maneira que os nossos músculos precisam
de se manterem suficientemente elásticos para garantirem os movimentos
do corpo, também as engrenagens psíquicas e emotivas do nosso ser
reclamam constante lubrificação, fornecida pela vontade e pela
determinação bem conduzidas no sentido de nos mantermos
equilibradamente sensíveis às mudanças que ocorrem ao nosso redor. Se
associarmos a esta disposição uma permanente obstinação em nos
melhorarmos naquilo em que estivermos a falhar, garantiremos a nós
mesmos muito maiores possibilidades de não perder o contacto com a
realidade, mantendo-nos, assim, eternamente jovens.
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
Precisamos de um ideal!
Entre os dias que passam devagar, parecendo não oferecer ao nosso
tempo mais do que a rotina; temos, muitas vezes, a tentação de nos
recostarmos, tranquilos, no espaldar das horas que, impassíveis, se
escoam perante a aparente indiferença do destino.
Porém, erramos! Erramos ao pensar que ninguém conta o tempo que
passa; que ninguém indaga sobre a forma como usufruímos dos minutos;
que ninguém se importa com o modo pelo qual nos dignamos preencher os
breves momentos que Deus, magnânimo e paciente, nos concedeu que
vivêssemos neste mundo.
É realmente muito fácil desculpármo-nos. Poderemos afirmar que nos
encontramos de mãos amarradas pelas circunstâncias da vida; que nada
nos é possível fazer enquanto determinados cenários não se alterarem;
que a nossa família, o nosso trabalho ou a falta dele, a nossa saúde
ou a nossa posição financeira não nos autorizam a alterar a forma como
nos conduzimos na vida.
Não rara é a situação em que repetimos a nós mesmos, de maneira
incessante, o estribilho que nos vai adormecendo... "Há que esperar...
Há que esperar..." E lá vamos nós esperando... Vamos esperando ganhar
um pouco mais de dinheiro, ter a vida um pouco mais equilibrada, ver
os filhos um pouco mais crescidos, sentir a conjuntura um pouco mais
favorável... enfim, vamos deixando que os anos transcorram para
atingirmos aquela maturidade que nos permita, afinal, ter uma velhice
feliz... o merecido descanso...
E realmente temos razão de querer esse merecido descanso porque
depois de uma vida inteira à espera de tanta coisa, naturalmente,
chegamos a certo ponto da existência completamente cansados... de
esperar... Cansados de preparar um futuro que, frequentemente, não se
concretiza. Preocupamo-nos tanto em construir o amanhã que deixamos de
viver o hoje, na expectativa do dia seguinte!
É, todavia, necessário viver! Não nos é lícito permanecer esperando
que tudo melhore, sem fazer grande coisa para que tal aconteça. Não é
justo aguardarmos que a vida resolva por si própria, aquilo que nos
não decidimos a resolver. Não é coerente queixarmo-nos constantemente
da falta de oportunidades, enquanto nos resignamos a deixar passar
todos os ensejos de progressão.
Sim. Há momentos em que é realmente preciso esperar, fazer uma pausa,
tomar fôlego, planear estratégias... Mas, mesmo tais momentos, não são
para nos dedicarmos à inactividade ou ao simples cumprimento dos
deveres a que a inércia nos convoca. Essas ocasiões de avaliação, de
balanço, de contagem de armas, são propícias à tomada das mais
importantes decisões que nos permitem delinear o percurso que melhor
se aproprie a atingir um determinado objectivo.
Todos nós precisamos de uma meta. São os ideais, as utopias, os
sonhos, que nos impedem de entrar em depressão. São eles que nos
protegem da inactividade. São eles que trazem à nossa alma o impulso
vital que a leva a transpor os desertos da estagnação,
transformando-os em terreno fértil para as mais felizes realizações. É
impreterível que tenhamos algo a que nos dediquemos de coração: algo
acima do que se espera de nós; algo para além das nossas conveniências
quotidianas.
Procuremos, pois _ antes de mais _ apaixonarmo-nos por uma ideia. Mas
que seja elevada! Altruística! Grandiosa! E, de preferência, não
completamente realizável... Precisamos de sonhar para continuar a
viver... e realizar completamente um sonho, é o modo mais vil de o
matar!
tempo mais do que a rotina; temos, muitas vezes, a tentação de nos
recostarmos, tranquilos, no espaldar das horas que, impassíveis, se
escoam perante a aparente indiferença do destino.
Porém, erramos! Erramos ao pensar que ninguém conta o tempo que
passa; que ninguém indaga sobre a forma como usufruímos dos minutos;
que ninguém se importa com o modo pelo qual nos dignamos preencher os
breves momentos que Deus, magnânimo e paciente, nos concedeu que
vivêssemos neste mundo.
É realmente muito fácil desculpármo-nos. Poderemos afirmar que nos
encontramos de mãos amarradas pelas circunstâncias da vida; que nada
nos é possível fazer enquanto determinados cenários não se alterarem;
que a nossa família, o nosso trabalho ou a falta dele, a nossa saúde
ou a nossa posição financeira não nos autorizam a alterar a forma como
nos conduzimos na vida.
Não rara é a situação em que repetimos a nós mesmos, de maneira
incessante, o estribilho que nos vai adormecendo... "Há que esperar...
Há que esperar..." E lá vamos nós esperando... Vamos esperando ganhar
um pouco mais de dinheiro, ter a vida um pouco mais equilibrada, ver
os filhos um pouco mais crescidos, sentir a conjuntura um pouco mais
favorável... enfim, vamos deixando que os anos transcorram para
atingirmos aquela maturidade que nos permita, afinal, ter uma velhice
feliz... o merecido descanso...
E realmente temos razão de querer esse merecido descanso porque
depois de uma vida inteira à espera de tanta coisa, naturalmente,
chegamos a certo ponto da existência completamente cansados... de
esperar... Cansados de preparar um futuro que, frequentemente, não se
concretiza. Preocupamo-nos tanto em construir o amanhã que deixamos de
viver o hoje, na expectativa do dia seguinte!
É, todavia, necessário viver! Não nos é lícito permanecer esperando
que tudo melhore, sem fazer grande coisa para que tal aconteça. Não é
justo aguardarmos que a vida resolva por si própria, aquilo que nos
não decidimos a resolver. Não é coerente queixarmo-nos constantemente
da falta de oportunidades, enquanto nos resignamos a deixar passar
todos os ensejos de progressão.
Sim. Há momentos em que é realmente preciso esperar, fazer uma pausa,
tomar fôlego, planear estratégias... Mas, mesmo tais momentos, não são
para nos dedicarmos à inactividade ou ao simples cumprimento dos
deveres a que a inércia nos convoca. Essas ocasiões de avaliação, de
balanço, de contagem de armas, são propícias à tomada das mais
importantes decisões que nos permitem delinear o percurso que melhor
se aproprie a atingir um determinado objectivo.
Todos nós precisamos de uma meta. São os ideais, as utopias, os
sonhos, que nos impedem de entrar em depressão. São eles que nos
protegem da inactividade. São eles que trazem à nossa alma o impulso
vital que a leva a transpor os desertos da estagnação,
transformando-os em terreno fértil para as mais felizes realizações. É
impreterível que tenhamos algo a que nos dediquemos de coração: algo
acima do que se espera de nós; algo para além das nossas conveniências
quotidianas.
Procuremos, pois _ antes de mais _ apaixonarmo-nos por uma ideia. Mas
que seja elevada! Altruística! Grandiosa! E, de preferência, não
completamente realizável... Precisamos de sonhar para continuar a
viver... e realizar completamente um sonho, é o modo mais vil de o
matar!
terça-feira, 4 de setembro de 2012
A harmonia de Deus
Tudo no Universo é um reflexo de algo que lhe está acima e, por sua
vez, inspira aquilo que lhe está abaixo. Corretíssima é, pois, a
afirmação do grande Hermes que na sua sábia afirmação "o que está em
baixo é igual ao que está em cima" condensou inteligente e intuitivo
retrato das relações universais.
Trazer conhecimento desta monta para a vida de todos os dias é tarefa
das mais fascinantes, conquanto das mais arrojadas, especialmente na
sociedade de hoje, em que persistimos na pressa e na superficialidade,
quando deveríamos ater-nos mais à reflexão do que ao estouvamento com
que, não raro, coroamos os momentos mais decisivos das nossas vidas.
Mas, voltemos ao nosso Trimegistus, antes que se nos azede o
pensamento com divagações verdadeiras, porém, tristes. Ora, se há uma
correspondência, embora a níveis que falta definir, entre o
infinitamente grande e o infinitamente pequeno; uma vez que as leis
que regem o átomo são as mesmas que envolvem o astro; já que o sol que
ilumina o homem é o mesmo que aquece o verme... então, algo de comum
lhes há-de estar inerente, e isso que lhes está inerente há-de admitir
influências recíprocas a níveis que o nosso conhecimento ainda não
detectou mas já suspeita.
À luz desta interpretação do funcionamento das Leis Divinas, não será
difícil entender que quando se cria o caos ou a disciplina, estes
tendem a propagar-se em ondas que reproduzem a sua própria origem, tal
como o grito entre as montanhas exala de si o som que produz o eco que
o perpetua. Convém então perceber que, nós mesmos, apesar da nossa
aparente exiguidade no meio de tantos factores que influenciam o
cosmos, estamos constantemente a influenciar e a ser influenciados, no
cenário em que nos movimentamos.
Damos os gritos e ouvimos os ecos dos gritos dos outros, num
entrecruzar permanente de tendências, modos de ser, formas de pensar,
maneiras de falar e de sentir... Esquecendo, todavia, que, no mais das
vezes, todo este comércio permanente de ajustes que nos impomos uns
aos outros, quase sem nos darmos conta disso, nem sempre se processa à
superfície da vida; é, ao contrário, nas linhas subtis do
subconsciente, que se inscrevem a maioria dos sinais que nos gerem a
existência.
Divinamente sábio, Aquele que nos criou, conhecendo _ por Ele Mesmo a
ter criado _ a lei da mutabilidade, outorgou-nos, como testemunho da
sua inteligência misericordiosa, a oportunidade de, através da nossa
própria capacidade de influenciar e construir para o bem, a
possibilidade de irmos aperfeiçoando tudo aquilo em que possamos
tocar; quer com as mãos, quer com o pensamento, ou com a palavra, ou
pelos incontáveis métodos de propagação do nosso ser através das
dimensões em que nos movemos sem saber.
Assim, quando nos for dado, em qualquer circunstância, substituir a
escuridão pela luz, o ódio pelo amor, a tristeza pela alegria, a
revolta pela fé, a sujidade pela limpeza, a indisciplina pela
organização, o desentendimento pela concórdia, o atraso pelo
progresso, a ociosidade pelo trabalho... enfim, quando nos for
permitido _ mesmo à custa do sofrimento _ executar um pouco da tarefa
que compete a Deus, mas que Ele se permite partilhar connosco para
nosso engrandecimento; quando isso nos for oferecido... façamo-lo com
dignidade, com entrega, com emoção, porque estaremos colocando a nossa
pedra no edifício universal que, afinal de contas, também habitamos.
vez, inspira aquilo que lhe está abaixo. Corretíssima é, pois, a
afirmação do grande Hermes que na sua sábia afirmação "o que está em
baixo é igual ao que está em cima" condensou inteligente e intuitivo
retrato das relações universais.
Trazer conhecimento desta monta para a vida de todos os dias é tarefa
das mais fascinantes, conquanto das mais arrojadas, especialmente na
sociedade de hoje, em que persistimos na pressa e na superficialidade,
quando deveríamos ater-nos mais à reflexão do que ao estouvamento com
que, não raro, coroamos os momentos mais decisivos das nossas vidas.
Mas, voltemos ao nosso Trimegistus, antes que se nos azede o
pensamento com divagações verdadeiras, porém, tristes. Ora, se há uma
correspondência, embora a níveis que falta definir, entre o
infinitamente grande e o infinitamente pequeno; uma vez que as leis
que regem o átomo são as mesmas que envolvem o astro; já que o sol que
ilumina o homem é o mesmo que aquece o verme... então, algo de comum
lhes há-de estar inerente, e isso que lhes está inerente há-de admitir
influências recíprocas a níveis que o nosso conhecimento ainda não
detectou mas já suspeita.
À luz desta interpretação do funcionamento das Leis Divinas, não será
difícil entender que quando se cria o caos ou a disciplina, estes
tendem a propagar-se em ondas que reproduzem a sua própria origem, tal
como o grito entre as montanhas exala de si o som que produz o eco que
o perpetua. Convém então perceber que, nós mesmos, apesar da nossa
aparente exiguidade no meio de tantos factores que influenciam o
cosmos, estamos constantemente a influenciar e a ser influenciados, no
cenário em que nos movimentamos.
Damos os gritos e ouvimos os ecos dos gritos dos outros, num
entrecruzar permanente de tendências, modos de ser, formas de pensar,
maneiras de falar e de sentir... Esquecendo, todavia, que, no mais das
vezes, todo este comércio permanente de ajustes que nos impomos uns
aos outros, quase sem nos darmos conta disso, nem sempre se processa à
superfície da vida; é, ao contrário, nas linhas subtis do
subconsciente, que se inscrevem a maioria dos sinais que nos gerem a
existência.
Divinamente sábio, Aquele que nos criou, conhecendo _ por Ele Mesmo a
ter criado _ a lei da mutabilidade, outorgou-nos, como testemunho da
sua inteligência misericordiosa, a oportunidade de, através da nossa
própria capacidade de influenciar e construir para o bem, a
possibilidade de irmos aperfeiçoando tudo aquilo em que possamos
tocar; quer com as mãos, quer com o pensamento, ou com a palavra, ou
pelos incontáveis métodos de propagação do nosso ser através das
dimensões em que nos movemos sem saber.
Assim, quando nos for dado, em qualquer circunstância, substituir a
escuridão pela luz, o ódio pelo amor, a tristeza pela alegria, a
revolta pela fé, a sujidade pela limpeza, a indisciplina pela
organização, o desentendimento pela concórdia, o atraso pelo
progresso, a ociosidade pelo trabalho... enfim, quando nos for
permitido _ mesmo à custa do sofrimento _ executar um pouco da tarefa
que compete a Deus, mas que Ele se permite partilhar connosco para
nosso engrandecimento; quando isso nos for oferecido... façamo-lo com
dignidade, com entrega, com emoção, porque estaremos colocando a nossa
pedra no edifício universal que, afinal de contas, também habitamos.
Evite dizer que não
Tudo vibra. Os nossos pensamentos, as nossas palavras, as nossas
acções; até mesmo aquilo que, em segredo, no mais íntimo da alma,
deliberamos executar... tudo vibra na verdade e toma forma no campo
invisível, mas indiscutivelmente real, onde se constroem, tanto as
mais sublimes ideias, quanto as mais odiosas maquinações.
Perante isto, devemos ter em consideração que até os cientistas
costumam afirmar que o Universo pulsa entre o positivo negativo; entre
o negro e o branco; entre o calor abrasante das estrelas e o gelo
glacial das recônditas paragens do vácuo escuro. Não raciocinam,
actualmente, os nossos computadores sobre um sistema matemático
baseado em decisões entre não e sim, "0 e 1?
Pois bem, então, se assim é, e não querendo esquecer os incontáveis
matizes que pululam entre a mistura de todas as cores e a total
ausência destas; não ignorando que entre o esplendor do meio dia e a
escuridão das noites mais desoladas existem as claras horas da manhã e
os fulgurantes momentos do pôr do sol... sim, sem incorrer nesse
lamentável desvio, é preciso reconhecer que a existência dos extremos
também serve para nos lembrar que ao insistirmos em caminhar pelas
veredas que a eles conduzem, estaremos a insultar o constante trabalho
de Deus que sempre nos encaminha para as inefáveis virtudes da
harmonia.
Não seria lícito, obviamente, deixar para trás as palavras de Jesus,
quando nos ensina no seu Evangelho "devereis dizer sim, quando é sim,
e não quando é não!" Mas aqui, o "sim," aplica-se à necessidade de
saber reconhecer e aceitar, dizendo sim, aos apelos abençoados do
Amor, da Justiça, da compaixão, e de todos os valores de que o Cristo
é exemplo; e o não está ligado à veemente recusa, que sempre devemos
exercitar, relativamente a tudo o que de tais predicados nos afaste.
Fora isto, tenhamos cuidado no uso da negatividade!
Entrando agora no assunto que verdadeiramente queremos tocar, não é
possível passar ao lado da realidade de que vivemos numa sociedade que
nos tem incutido impiedosamente um omnipresente sentimento
negativista. Experimentamos quase constantemente uma vontade
irresistível de ostentar a nossa negatividade: "isso é muito difícil,
agora não me apetece, sinto-me demasiado triste, ninguém reconhece o
meu valor, não podem avaliar o meu sofrimento, nada mais há a
fazer..." Quantas frases conseguiria você acrescentar a estas, na
exemplificação do extravasar do fel que escorre, tão pouco raramente,
das nossas palavras? Ora, é a este tipo de "nãos" que nos referimos
quando dizemos que é impreterível evitar, o mais possível, afirmá-los;
mesmo que seja "apenas" através do pensamento!
É que, como já afirmamos nesta página, tudo vibra, e a vibração da
negatividade atrai para a nossa vida tudo o que nos atrasa! Enquanto
insistirmos em evocar o passado negativo, não poderemos construir um
futuro de positividade; se levarmos a vida a lamentar-nos dos erros
perpetrados, não alcançaremos tão cedo a felicitação dos acertos; ao
nos intoxicarmos de sentimentos de culpa, adiamos as melhores
possibilidades de perdoarmos as próprias faltas... Evitemos, pois,
alijar a vibração de todo e qualquer estado de espírito que nos iniba
de construir algo de bom! Quando não edificamos algo de benigno, de
útil, de elevado... estamos realmente a dizer _ mais do que isso, a
gritar _ Não! Não! Não!... Neste contexto diremos que viver é saber
dizer Sim!
acções; até mesmo aquilo que, em segredo, no mais íntimo da alma,
deliberamos executar... tudo vibra na verdade e toma forma no campo
invisível, mas indiscutivelmente real, onde se constroem, tanto as
mais sublimes ideias, quanto as mais odiosas maquinações.
Perante isto, devemos ter em consideração que até os cientistas
costumam afirmar que o Universo pulsa entre o positivo negativo; entre
o negro e o branco; entre o calor abrasante das estrelas e o gelo
glacial das recônditas paragens do vácuo escuro. Não raciocinam,
actualmente, os nossos computadores sobre um sistema matemático
baseado em decisões entre não e sim, "0 e 1?
Pois bem, então, se assim é, e não querendo esquecer os incontáveis
matizes que pululam entre a mistura de todas as cores e a total
ausência destas; não ignorando que entre o esplendor do meio dia e a
escuridão das noites mais desoladas existem as claras horas da manhã e
os fulgurantes momentos do pôr do sol... sim, sem incorrer nesse
lamentável desvio, é preciso reconhecer que a existência dos extremos
também serve para nos lembrar que ao insistirmos em caminhar pelas
veredas que a eles conduzem, estaremos a insultar o constante trabalho
de Deus que sempre nos encaminha para as inefáveis virtudes da
harmonia.
Não seria lícito, obviamente, deixar para trás as palavras de Jesus,
quando nos ensina no seu Evangelho "devereis dizer sim, quando é sim,
e não quando é não!" Mas aqui, o "sim," aplica-se à necessidade de
saber reconhecer e aceitar, dizendo sim, aos apelos abençoados do
Amor, da Justiça, da compaixão, e de todos os valores de que o Cristo
é exemplo; e o não está ligado à veemente recusa, que sempre devemos
exercitar, relativamente a tudo o que de tais predicados nos afaste.
Fora isto, tenhamos cuidado no uso da negatividade!
Entrando agora no assunto que verdadeiramente queremos tocar, não é
possível passar ao lado da realidade de que vivemos numa sociedade que
nos tem incutido impiedosamente um omnipresente sentimento
negativista. Experimentamos quase constantemente uma vontade
irresistível de ostentar a nossa negatividade: "isso é muito difícil,
agora não me apetece, sinto-me demasiado triste, ninguém reconhece o
meu valor, não podem avaliar o meu sofrimento, nada mais há a
fazer..." Quantas frases conseguiria você acrescentar a estas, na
exemplificação do extravasar do fel que escorre, tão pouco raramente,
das nossas palavras? Ora, é a este tipo de "nãos" que nos referimos
quando dizemos que é impreterível evitar, o mais possível, afirmá-los;
mesmo que seja "apenas" através do pensamento!
É que, como já afirmamos nesta página, tudo vibra, e a vibração da
negatividade atrai para a nossa vida tudo o que nos atrasa! Enquanto
insistirmos em evocar o passado negativo, não poderemos construir um
futuro de positividade; se levarmos a vida a lamentar-nos dos erros
perpetrados, não alcançaremos tão cedo a felicitação dos acertos; ao
nos intoxicarmos de sentimentos de culpa, adiamos as melhores
possibilidades de perdoarmos as próprias faltas... Evitemos, pois,
alijar a vibração de todo e qualquer estado de espírito que nos iniba
de construir algo de bom! Quando não edificamos algo de benigno, de
útil, de elevado... estamos realmente a dizer _ mais do que isso, a
gritar _ Não! Não! Não!... Neste contexto diremos que viver é saber
dizer Sim!
O Universo prepára-nos o caminho
Quem gosta de romances ou de novelas sabe, por antecipação, que a
maioria de tais peças literárias trazem sempre a promessa de um final
feliz. É certo que tal epílogo dourado costuma reservar-se a quem luta
de forma honesta e perseverante para alcançar os seus objectivos;
enquanto as personagens que enveredam por caminhos escuros costumam
acabar na morte, na cadeia ou em algum hospital psiquiátrico. Enfim,
os finais felizes, até nas novelas e nos romances, sabem ser justos.
Se tal acontece devido ao desejo dos que escrevem ser o de que tudo
acabe com equilíbrio, ou por estes pressentirem que os leitores gostam
de ver cumprida a lei da reciprocidade que manda dar a cada um aquilo
que merece; é questão sobre a qual não vale a pena estabelecer grandes
especulações. Digamos _ até para trazer a concórdia aos partidários de
ambas as opções _ que elas têm peso aproximadamente igual na decisão
que tomam a maioria dos argumentistas em cumprir um dos mandados de
Jesus que afirma que se deve dar a cada um conforme as suas próprias
obras!
Tomando por certo que a vontade maioritária dos que escrevem e dos
que lêem seja, então, a de ver aplicadas as leis da justiça, não é de
admirar que esta tendência seja causada pelas próprias tendências
naturais dos factos _ tão bem resumidos, em frequentes ocasiões, na
sabedoria popular _ que não se cansa de repetir provérbios como os
célebres: "Quem trabalha no verão, não morre de fome no Inverno; Quem
semeia vento, colhe tempestade; Deus ajuda quem cedo madruga; Cá se
faz, cá se paga", enfim, para recompensar o bem com o bem, ou para
punir o mal com o mal, não faltam, no entender _ muitas vezes sábio _
do povo, a força das coisas a actuar sobre a vida de todos nós.
Não podemos aceitar, porém, que as energias universais se conservem
em absoluto grau de neutralidade, limitando-se apenas a reagir às
acções _ tantas vezes carregadas de brutalidade _ dos seres humanos,
sem procurarem conduzir-lhes os paços em direcção ao sublimar das
tendências menos construtivas. Repugna-nos francamente a ideia de que
os mais dotados se comprazam na administração de castigos ou de
recompensas aos menos apercebidos sem procurar direccionar-lhes os
caminhos a mais luminosos horizontes do que aqueles a que, por si
mesmos, conseguiriam eles, na sua simplicidade, ter acesso.
Acreditamos, pois, que as leis universais que Deus faz imperar sobre
toda a existência, para além de reagirem sobre os pensamentos,
palavras e acções de todos os seres; colocam sempre, por mil modos, à
sua disposição, as melhores circunstâncias para que cada pessoa ou
cada povo, tenha a oportunidade de mostrar o melhor que há em si.
Mesmo uma doença, um desgosto, qualquer situação sem saída aparente,
têm como objectivo provocar em nós uma resposta através da qual brilhe
a nossa inteligência e a nossa fé.
Perante isto, perdem a razão a revolta contra Deus, a ideia de que
vivemos num caos ou a impressão de que nada se pode tentar para a
construção de um futuro mais auspicioso. A natureza das coisas, e a
nossa própria natureza, é a de evoluir para o bem. A flor nasce da
pequena planta que foi antes uma semente; a águia já foi um pequeno e
frágil passarinho saído dum ovo minúsculo; o homem passou anos de
completa dependência a seguir ao parto e, antes disso, foi
microscópica centelha de vida no ventre da mãe; até as estrelas que
iluminam a abóbada celeste já dormitaram em informes nuvens de jaz nas
recônditas lonjuras intergalácticas antes de entoarem os cânticos ao
criador de que a sua magnificência dá testemunhos de cor e luz. ..
Sim! O Universo prepara-nos o caminho! Devemos segui-lo com a decisão
inabalável de nos cumprirmos.
maioria de tais peças literárias trazem sempre a promessa de um final
feliz. É certo que tal epílogo dourado costuma reservar-se a quem luta
de forma honesta e perseverante para alcançar os seus objectivos;
enquanto as personagens que enveredam por caminhos escuros costumam
acabar na morte, na cadeia ou em algum hospital psiquiátrico. Enfim,
os finais felizes, até nas novelas e nos romances, sabem ser justos.
Se tal acontece devido ao desejo dos que escrevem ser o de que tudo
acabe com equilíbrio, ou por estes pressentirem que os leitores gostam
de ver cumprida a lei da reciprocidade que manda dar a cada um aquilo
que merece; é questão sobre a qual não vale a pena estabelecer grandes
especulações. Digamos _ até para trazer a concórdia aos partidários de
ambas as opções _ que elas têm peso aproximadamente igual na decisão
que tomam a maioria dos argumentistas em cumprir um dos mandados de
Jesus que afirma que se deve dar a cada um conforme as suas próprias
obras!
Tomando por certo que a vontade maioritária dos que escrevem e dos
que lêem seja, então, a de ver aplicadas as leis da justiça, não é de
admirar que esta tendência seja causada pelas próprias tendências
naturais dos factos _ tão bem resumidos, em frequentes ocasiões, na
sabedoria popular _ que não se cansa de repetir provérbios como os
célebres: "Quem trabalha no verão, não morre de fome no Inverno; Quem
semeia vento, colhe tempestade; Deus ajuda quem cedo madruga; Cá se
faz, cá se paga", enfim, para recompensar o bem com o bem, ou para
punir o mal com o mal, não faltam, no entender _ muitas vezes sábio _
do povo, a força das coisas a actuar sobre a vida de todos nós.
Não podemos aceitar, porém, que as energias universais se conservem
em absoluto grau de neutralidade, limitando-se apenas a reagir às
acções _ tantas vezes carregadas de brutalidade _ dos seres humanos,
sem procurarem conduzir-lhes os paços em direcção ao sublimar das
tendências menos construtivas. Repugna-nos francamente a ideia de que
os mais dotados se comprazam na administração de castigos ou de
recompensas aos menos apercebidos sem procurar direccionar-lhes os
caminhos a mais luminosos horizontes do que aqueles a que, por si
mesmos, conseguiriam eles, na sua simplicidade, ter acesso.
Acreditamos, pois, que as leis universais que Deus faz imperar sobre
toda a existência, para além de reagirem sobre os pensamentos,
palavras e acções de todos os seres; colocam sempre, por mil modos, à
sua disposição, as melhores circunstâncias para que cada pessoa ou
cada povo, tenha a oportunidade de mostrar o melhor que há em si.
Mesmo uma doença, um desgosto, qualquer situação sem saída aparente,
têm como objectivo provocar em nós uma resposta através da qual brilhe
a nossa inteligência e a nossa fé.
Perante isto, perdem a razão a revolta contra Deus, a ideia de que
vivemos num caos ou a impressão de que nada se pode tentar para a
construção de um futuro mais auspicioso. A natureza das coisas, e a
nossa própria natureza, é a de evoluir para o bem. A flor nasce da
pequena planta que foi antes uma semente; a águia já foi um pequeno e
frágil passarinho saído dum ovo minúsculo; o homem passou anos de
completa dependência a seguir ao parto e, antes disso, foi
microscópica centelha de vida no ventre da mãe; até as estrelas que
iluminam a abóbada celeste já dormitaram em informes nuvens de jaz nas
recônditas lonjuras intergalácticas antes de entoarem os cânticos ao
criador de que a sua magnificência dá testemunhos de cor e luz. ..
Sim! O Universo prepara-nos o caminho! Devemos segui-lo com a decisão
inabalável de nos cumprirmos.
Deus ajuda-nos sempre
Dos pedidos que fazemos a Deus, tenhamos a certeza disso, nenhum fica
sem resposta. Embora, em muitas ocasiões, nos perguntemos se, de
facto, a Divindade nos ouviu, se pensarmos bem, não nos é lícita tal
dúvida, posto que a própria natureza de Deus _ Omnipotente e
omnipresente _ lhe não permitiria o contrário.
Então, hão-de questionar os mais afoitos, por que razão, em certos
momentos da vida em que lhe dirigimos determinadas rogativas, parecem
estas terem sido ignoradas, já que nenhuma manifestação palpável
parece indicar que foram, de qualquer modo, tomadas em conta? Qual o
motivo que leva tantas pessoas, devotas e contritas, a afirmar diante
da imutabilidade dos factos em relação a que experimentaram a sua fé,
"Eu não me cansei de pedir a Deus, porém, Ele não me ouviu!"
Renunciemos, por alguns momentos, ao nosso diálogo com o Todo
Poderoso, e conversemos um pouquinho com os nossos botões:
_ Haverá dificuldades na comunicação?
_ Sim, certamente elas existem.
_ Então, o Pai do Céu, Criador dos Universos infindáveis e das leis que os
dirigem, não consegue registar os nossos anseios, frequentemente debitados em
altos gritos, apesar de todas as suas divinas características?
_ Isso não! Tal surdez do Criador não é aceitável.
_ Nesse caso, devemos aceitar que Ele nos ouve?
_ É a única saída possível, pelo menos se não quisermos retirar a Deus
a simples capacidade de escutar os seus filhos.
_ Se Lhe é dado aperceber-se das dificuldades das suas criaturas será
que não tem poder suficiente para responder às solicitações delas?
_ Deus possui todo o poder! O que não é fácil de explicar é o
seguinte: Tendo o Pai todo o poder do universo, por que não satisfaz
todos os pedidos que lhe fazem os seus filhos?
_ Talvez pelas mesmas razões que nos levam a não satisfazer todos os
pedidos que os nossos filhos nos dirigem...
_ Mas os nossos filhos são crianças! Não sabem o que é o melhor para
eles! Às vezes, pedem-nos coisas que lhes fariam mal! É nossa
obrigação, enquanto pais, protegê-los da sua própria ignorância!...
_ Tudo isso está absolutamente correcto. Aliás, tão absolutamente
correcto que a nossa alma só pode ter copiado tal forma de agir do
nosso próprio Pai Divino, o qual sabe muito bem que, constantemente,
lhe pedimos coisas que não estamos preparados para ter. Ele,
entretanto, por ser muito melhor educador do que nós, sabe
compensar-nos de forma a que, quando requeremos algo acima – ou abaixo
- do que nos pode ser prodigalizado, não nos outorgando exactamente
aquilo que queríamos , dá-nos algo tão ou mais proveitoso do que o
inicialmente solicitado.
_ Que dizer, perante essa argumentação, do caso da criança que,
doente, roga pela própria saúde e acaba por falecer, deixando parentes
e amigos tristes e, frequentemente, revoltados?
_ Dir-se-á que tudo isso tem uma explicação clara e plausível ao
raciocínio quando este se atreve a estudar as leis universais que
regem a existência da alma. Acrescentar-se-á ainda que, quando falta
tal disposição para o estudo, restará a fé que transmitirá a todos o
conforto e a sabedoria necessários para continuar a viver com coragem
e sem revolta.
sem resposta. Embora, em muitas ocasiões, nos perguntemos se, de
facto, a Divindade nos ouviu, se pensarmos bem, não nos é lícita tal
dúvida, posto que a própria natureza de Deus _ Omnipotente e
omnipresente _ lhe não permitiria o contrário.
Então, hão-de questionar os mais afoitos, por que razão, em certos
momentos da vida em que lhe dirigimos determinadas rogativas, parecem
estas terem sido ignoradas, já que nenhuma manifestação palpável
parece indicar que foram, de qualquer modo, tomadas em conta? Qual o
motivo que leva tantas pessoas, devotas e contritas, a afirmar diante
da imutabilidade dos factos em relação a que experimentaram a sua fé,
"Eu não me cansei de pedir a Deus, porém, Ele não me ouviu!"
Renunciemos, por alguns momentos, ao nosso diálogo com o Todo
Poderoso, e conversemos um pouquinho com os nossos botões:
_ Haverá dificuldades na comunicação?
_ Sim, certamente elas existem.
_ Então, o Pai do Céu, Criador dos Universos infindáveis e das leis que os
dirigem, não consegue registar os nossos anseios, frequentemente debitados em
altos gritos, apesar de todas as suas divinas características?
_ Isso não! Tal surdez do Criador não é aceitável.
_ Nesse caso, devemos aceitar que Ele nos ouve?
_ É a única saída possível, pelo menos se não quisermos retirar a Deus
a simples capacidade de escutar os seus filhos.
_ Se Lhe é dado aperceber-se das dificuldades das suas criaturas será
que não tem poder suficiente para responder às solicitações delas?
_ Deus possui todo o poder! O que não é fácil de explicar é o
seguinte: Tendo o Pai todo o poder do universo, por que não satisfaz
todos os pedidos que lhe fazem os seus filhos?
_ Talvez pelas mesmas razões que nos levam a não satisfazer todos os
pedidos que os nossos filhos nos dirigem...
_ Mas os nossos filhos são crianças! Não sabem o que é o melhor para
eles! Às vezes, pedem-nos coisas que lhes fariam mal! É nossa
obrigação, enquanto pais, protegê-los da sua própria ignorância!...
_ Tudo isso está absolutamente correcto. Aliás, tão absolutamente
correcto que a nossa alma só pode ter copiado tal forma de agir do
nosso próprio Pai Divino, o qual sabe muito bem que, constantemente,
lhe pedimos coisas que não estamos preparados para ter. Ele,
entretanto, por ser muito melhor educador do que nós, sabe
compensar-nos de forma a que, quando requeremos algo acima – ou abaixo
- do que nos pode ser prodigalizado, não nos outorgando exactamente
aquilo que queríamos , dá-nos algo tão ou mais proveitoso do que o
inicialmente solicitado.
_ Que dizer, perante essa argumentação, do caso da criança que,
doente, roga pela própria saúde e acaba por falecer, deixando parentes
e amigos tristes e, frequentemente, revoltados?
_ Dir-se-á que tudo isso tem uma explicação clara e plausível ao
raciocínio quando este se atreve a estudar as leis universais que
regem a existência da alma. Acrescentar-se-á ainda que, quando falta
tal disposição para o estudo, restará a fé que transmitirá a todos o
conforto e a sabedoria necessários para continuar a viver com coragem
e sem revolta.
Obrigue os outros a dizer a verdade
Obrigue os outros a dizer a verdade
No anseio de fazer vingar as nossas determinações; no propósito do total cumprimento dos nossos desígnios; no afã de levar até ao fim as jornadas a que nos dedicamos; esquecemos, muitas vezes, de tomar em conta as determinações, os desígnios e as jornadas alheias. Isso faz com que, distraídos, encaremos a vida como se fôssemos nós o seu centro.
O pior é que, a partir de certa habituação a tal modo de ser, deixamos mesmo de nos dar conta de tal procedimento, passando a relegar os demais para segundo plano, tão naturalmente quanto respiramos. Ora, nada mais prejudicial ao nosso próprio equilíbrio, bem como ao equilíbrio das nossas relações com quem nos rodeia.
Percebendo o quanto os menosprezamos, passam estes a hostilizar-nos de maneira clara _ se forem de espírito ainda irreflectido e pouco paciente _ ou, pelo menos, começam a procurar, de modo mais ou menos disfarçado, manter uma certa distância em relação ao nosso convívio, preservando-se do insulto que, mesmo que seja sem querer, acabamos por lhes infligir.
Casos assim acontecem, não apenas nas rodas de amigos que se encontram para divertimentos de fim de semana; mas, igualmente entre colegas de trabalho ou membros de uma mesma família. É exactamente nestes dois últimos cenários que este tipo de situação assume contornos de maior importância. É que, quando as barreiras à confiança ou ao entendimento se erguem entre amigos de ocasião, cuja interacção pode ser interrompida ou desfeita sem maiores prejuízos, não costuma haver dano grave a lamentar; todavia, quando tal perturbação ocorre a tornar distantes, ou até desavindas, pessoas que precisam de conviver em regime diário... bom... poderemos, então, ver-nos diante de problema bem mais difícil de resolver.
É que, diante da nossa eventual forma menos cortês _ já para não dizer, egoística, de tratar quantos nos rodeiam _ não restam, frequentemente, a estes, valerem-se de instrumentos de auto-preservação que, fossem outras as circunstâncias criadas pela nossa atitude em torno deles, se absteriam de utilizar. Entre esses instrumentos está a necessidade de evitarem mencionar certas particularidades de determinadas ocorrências, para não se verem compelidos a nos suportarem o mau humor; a contingência de se acharem na posição de nos narrarem alguns factos de maneira menos clara, para nos não excitarem a mal controlada sensibilidade; ou mesmo o impositivo de chegarem a mentir-nos, para se eximirem das nossas repreensões, verbais ou até físicas _ se nos acharmos em posição de as infligir _ para defenderem assim a sua integridade pessoal.
Se desejamos dos nossos amigos, colegas ou familiares um comportamento leal e franco, é absolutamente necessário sermos capazes de lhes dar a liberdade de que se sintam à vontade para mostrar o que pensam e o que são. Naturalmente que, se nos cabe orientá-los de algum modo, não nos podemos furtar a fazê-lo. Entretanto, não esqueçamos que, quer no lugar de companheiro mais experiente, quer como elemento de superior hierarquia ou ainda na posição de chefe de família, nos cabe, antes de tudo, a instrução pelo exemplo.
Ninguém resistirá por muito tempo à perseverança de uma forma correcta de agir. A palavra tem, igualmente, o seu papel a desempenhar no campo das possibilidades de que dispomos para auxiliar os outros a enveredarem por melhores caminhos; porém, a conduta nobre será sempre a melhor maneira de espalhar os melhores exemplos à nossa volta, diminuindo muito a possibilidade de eclodirem a dissimulação ou a mentira.
No anseio de fazer vingar as nossas determinações; no propósito do total cumprimento dos nossos desígnios; no afã de levar até ao fim as jornadas a que nos dedicamos; esquecemos, muitas vezes, de tomar em conta as determinações, os desígnios e as jornadas alheias. Isso faz com que, distraídos, encaremos a vida como se fôssemos nós o seu centro.
O pior é que, a partir de certa habituação a tal modo de ser, deixamos mesmo de nos dar conta de tal procedimento, passando a relegar os demais para segundo plano, tão naturalmente quanto respiramos. Ora, nada mais prejudicial ao nosso próprio equilíbrio, bem como ao equilíbrio das nossas relações com quem nos rodeia.
Percebendo o quanto os menosprezamos, passam estes a hostilizar-nos de maneira clara _ se forem de espírito ainda irreflectido e pouco paciente _ ou, pelo menos, começam a procurar, de modo mais ou menos disfarçado, manter uma certa distância em relação ao nosso convívio, preservando-se do insulto que, mesmo que seja sem querer, acabamos por lhes infligir.
Casos assim acontecem, não apenas nas rodas de amigos que se encontram para divertimentos de fim de semana; mas, igualmente entre colegas de trabalho ou membros de uma mesma família. É exactamente nestes dois últimos cenários que este tipo de situação assume contornos de maior importância. É que, quando as barreiras à confiança ou ao entendimento se erguem entre amigos de ocasião, cuja interacção pode ser interrompida ou desfeita sem maiores prejuízos, não costuma haver dano grave a lamentar; todavia, quando tal perturbação ocorre a tornar distantes, ou até desavindas, pessoas que precisam de conviver em regime diário... bom... poderemos, então, ver-nos diante de problema bem mais difícil de resolver.
É que, diante da nossa eventual forma menos cortês _ já para não dizer, egoística, de tratar quantos nos rodeiam _ não restam, frequentemente, a estes, valerem-se de instrumentos de auto-preservação que, fossem outras as circunstâncias criadas pela nossa atitude em torno deles, se absteriam de utilizar. Entre esses instrumentos está a necessidade de evitarem mencionar certas particularidades de determinadas ocorrências, para não se verem compelidos a nos suportarem o mau humor; a contingência de se acharem na posição de nos narrarem alguns factos de maneira menos clara, para nos não excitarem a mal controlada sensibilidade; ou mesmo o impositivo de chegarem a mentir-nos, para se eximirem das nossas repreensões, verbais ou até físicas _ se nos acharmos em posição de as infligir _ para defenderem assim a sua integridade pessoal.
Se desejamos dos nossos amigos, colegas ou familiares um comportamento leal e franco, é absolutamente necessário sermos capazes de lhes dar a liberdade de que se sintam à vontade para mostrar o que pensam e o que são. Naturalmente que, se nos cabe orientá-los de algum modo, não nos podemos furtar a fazê-lo. Entretanto, não esqueçamos que, quer no lugar de companheiro mais experiente, quer como elemento de superior hierarquia ou ainda na posição de chefe de família, nos cabe, antes de tudo, a instrução pelo exemplo.
Ninguém resistirá por muito tempo à perseverança de uma forma correcta de agir. A palavra tem, igualmente, o seu papel a desempenhar no campo das possibilidades de que dispomos para auxiliar os outros a enveredarem por melhores caminhos; porém, a conduta nobre será sempre a melhor maneira de espalhar os melhores exemplos à nossa volta, diminuindo muito a possibilidade de eclodirem a dissimulação ou a mentira.
A felicidade paira à nossa volta
Ninguém precisa de fugir às circunstâncias em que vive para ser
feliz! Muitos sonham com uma ilha deserta, outros almejam ir para o
Tibete, não poucos gostariam de se retirar para uma ermida ou mesmo
para o deserto. Mas a grande maioria não é tão exótica… desejaria
apenas quebrar a rotina…
O pior é que, com demasiada regularidade, por causa desse tipo de
desejos, pessoas desistem de sonhos longamente perseguidos, abandonam
compromissos assumidos há anos, quebram laços que as ligavam aos mais
puros afectos , frustram expectativas próprias e de outrem;
comprometendo assim, não somente o seu futuro, mas igualmente o de
outros indivíduos, o de famílias inteiras, ou prejudicando até
comunidades completas.
Não vale a pena fugir! A natureza sabe como se comporta: faz os rios
nascerem em locais elevados para que a força da gravidade os obrigue a
correr; condiciona o clima entre limites de temperatura e humidade
aceitáveis ao ciclo da vida; administra os movimentos planetários de
maneira a que a Lua regule as marés… Já para não falar no equilíbrio
que o universo testemunha nas relações entre os grandes corpos
celestes, que respeitam as rotas dos seus vizinhos e não se chocam com
eles, como se gigantesca mão os impelisse suavemente ao destino certo…
Seria possível que a mesma inteligência Universal que tão bem cuida
dos grandes interesses do cosmos e das necessidades da nossa Terra,
não possuísse capacidade para nos colocar em lugar onde pudéssemos
atingir objectivos dignos e justos? Não, tal não é possível. Também
fazemos parte do Universo e somos geridos com a mesma eficiência que
os astros ou o clima do planeta que habitamos.
Que aconteceria se, de repente, o rio quisesse mudar o seu curso por
não se sentir realizado entre as margens? Ou se a Lua quisesse
libertar-se da força que a obriga a girar incessantemente em torno de
nós? Ou ainda se os cometas e asteróides se pusessem a fazer tiro ao
alvo na direcção uns dos outros?... Era o fim… Ainda bem que eles não
são capazes de decidir por si mesmos e tomarem tais atitudes… Ainda
bem que as Leis Universais os privaram dessa liberdade…
Todavia nós temo-la. É-nos dado optar, até certo ponto, sobre a
melhor forma de encontrar a felicidade. Do mesmo modo que a gravidade
conduz com incontornável eficácia as águas e os astros, as
circunstâncias direccionam a nossa existência, levando-nos às mais
privilegiadas posições para que nos realizemos a todos os níveis. Se
formos capazes de descobrir o que é esperado de nós em cada situação
que nos envolve, acabaremos por encontrar meio de sermos felizes.
Fugir das circunstâncias é criar aparência de solução. Se você tem um
problema a resolver, peça ajuda a Deus, Utilize a sua inteligência,
socorra-se de amigos, procure até aqueles que mal conhece, insista até
ao limite do possível… e se tanto não bastar, comece tudo de novo ,
mas não fuja nem desista! Lembre-se que no Evangelho, Jesus manda
perseverar… "perseverai até à morte e Eu vos darei a coroa da vida."
feliz! Muitos sonham com uma ilha deserta, outros almejam ir para o
Tibete, não poucos gostariam de se retirar para uma ermida ou mesmo
para o deserto. Mas a grande maioria não é tão exótica… desejaria
apenas quebrar a rotina…
O pior é que, com demasiada regularidade, por causa desse tipo de
desejos, pessoas desistem de sonhos longamente perseguidos, abandonam
compromissos assumidos há anos, quebram laços que as ligavam aos mais
puros afectos , frustram expectativas próprias e de outrem;
comprometendo assim, não somente o seu futuro, mas igualmente o de
outros indivíduos, o de famílias inteiras, ou prejudicando até
comunidades completas.
Não vale a pena fugir! A natureza sabe como se comporta: faz os rios
nascerem em locais elevados para que a força da gravidade os obrigue a
correr; condiciona o clima entre limites de temperatura e humidade
aceitáveis ao ciclo da vida; administra os movimentos planetários de
maneira a que a Lua regule as marés… Já para não falar no equilíbrio
que o universo testemunha nas relações entre os grandes corpos
celestes, que respeitam as rotas dos seus vizinhos e não se chocam com
eles, como se gigantesca mão os impelisse suavemente ao destino certo…
Seria possível que a mesma inteligência Universal que tão bem cuida
dos grandes interesses do cosmos e das necessidades da nossa Terra,
não possuísse capacidade para nos colocar em lugar onde pudéssemos
atingir objectivos dignos e justos? Não, tal não é possível. Também
fazemos parte do Universo e somos geridos com a mesma eficiência que
os astros ou o clima do planeta que habitamos.
Que aconteceria se, de repente, o rio quisesse mudar o seu curso por
não se sentir realizado entre as margens? Ou se a Lua quisesse
libertar-se da força que a obriga a girar incessantemente em torno de
nós? Ou ainda se os cometas e asteróides se pusessem a fazer tiro ao
alvo na direcção uns dos outros?... Era o fim… Ainda bem que eles não
são capazes de decidir por si mesmos e tomarem tais atitudes… Ainda
bem que as Leis Universais os privaram dessa liberdade…
Todavia nós temo-la. É-nos dado optar, até certo ponto, sobre a
melhor forma de encontrar a felicidade. Do mesmo modo que a gravidade
conduz com incontornável eficácia as águas e os astros, as
circunstâncias direccionam a nossa existência, levando-nos às mais
privilegiadas posições para que nos realizemos a todos os níveis. Se
formos capazes de descobrir o que é esperado de nós em cada situação
que nos envolve, acabaremos por encontrar meio de sermos felizes.
Fugir das circunstâncias é criar aparência de solução. Se você tem um
problema a resolver, peça ajuda a Deus, Utilize a sua inteligência,
socorra-se de amigos, procure até aqueles que mal conhece, insista até
ao limite do possível… e se tanto não bastar, comece tudo de novo ,
mas não fuja nem desista! Lembre-se que no Evangelho, Jesus manda
perseverar… "perseverai até à morte e Eu vos darei a coroa da vida."
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
As circunstâncias anulam o mal que não merecemos
Dos incontáveis aspectos da Grande Lei Universal que nos governa, um
dos mais correntemente manifestados é aquele que se apresenta no
título acima. Tomarmos consciência da sua existência, poupar-nos-á
muitas dores de cabeça e algumas precipitações ao longo da vida.
Não é raro que nos venham ao encontro ocorrências desagradáveis a
intrometerem-se nos bons planos que tenhamos concebido para a
colocação em prática das melhores ideias. Diante disso, naturalmente
sentimo-nos contrariados e há até quem se revolte e procure mesmo
descobrir um "bode expiatório" a sacrificar!... Quer dizer, alguém a
culpar pelo sucedido, para exercer sobre essa pessoa retaliação ou
vingança… Ora, aí está uma atitude realmente lamentável.
Em primeiro lugar, não é útil vingarmo-nos, mesmo quando um prejuízo
nos é causado de forma premeditada. É que essa reacção não vai apagar
o mal e contribuirá para o nosso comprometimento com energias
negativas que somente destroem aquilo em que tocam.
Seguidamente, convém reflectir sobre o facto de que existe um
mecanismo que, se não nos sintonizarmos com a negatividade, virá em
nosso auxílio para nos retirar os obstáculos do caminho. Não
precisaremos de mover um dedo sequer… As circunstâncias tratarão de
neutralizar todas as adversidades e, se possuirmos suficiente
merecimento, transformá-las-ão em factores de elevação para nós e para
tudo o que queiramos realizar de bom.
Isto não significa que devamos negligenciar as armadilhas que nos
lancem... Contudo, também não é produtivo que nos concentremos mais no
mal que eventualmente nos façam, do que no bem que o Universo
constantemente realiza a nosso favor!
Os desígnios do Pai foram concebidos de tal forma que, para todos os
seres, está preparada, desde o início, a melhor senda. Cada um é
convidado a trilhá-la, mas não obrigado a isso. Deus quer que todos
sigamos caminhos com ausência de sofrimento, todavia permite que
optemos por vias diferentes.
Aqueles que prejudicam deliberadamente os seus companheiros de
jornada, rejeitam as propostas do Senhor dos Universos; entretanto, os
que se focalizam na busca dos erros alheios ou das hipotéticas cabalas
de que se julguem vítimas, atraem para si ondas de negatividade que
podem tomar forma no seu quotidiano de maneiras imprevisíveis. Ao agir
desse modo, quer uns, quer outros, afastam-se do plano original de
Deus que delineou rotas destinadas a conduzirem a globalidade dos
seres criados à perfeição.
Para tudo na Vida é necessário o equilíbrio. Estejamos atentos aos
danos que nos tentem infligir! Temos o dever de nos esquivarmos,
antes que nos atinjam! Mas, conservemo-nos ainda muito mais sensíveis
ao Amor que o Divino tem por nós! Ele sabe colocar-nos na posição
indicada para nos livrarmos de todo o mal, respondendo ao pedido que
Jesus nos ensinou a fazer-lhe, mesmo no final do Pai Nosso…
Lembra-se?...
dos mais correntemente manifestados é aquele que se apresenta no
título acima. Tomarmos consciência da sua existência, poupar-nos-á
muitas dores de cabeça e algumas precipitações ao longo da vida.
Não é raro que nos venham ao encontro ocorrências desagradáveis a
intrometerem-se nos bons planos que tenhamos concebido para a
colocação em prática das melhores ideias. Diante disso, naturalmente
sentimo-nos contrariados e há até quem se revolte e procure mesmo
descobrir um "bode expiatório" a sacrificar!... Quer dizer, alguém a
culpar pelo sucedido, para exercer sobre essa pessoa retaliação ou
vingança… Ora, aí está uma atitude realmente lamentável.
Em primeiro lugar, não é útil vingarmo-nos, mesmo quando um prejuízo
nos é causado de forma premeditada. É que essa reacção não vai apagar
o mal e contribuirá para o nosso comprometimento com energias
negativas que somente destroem aquilo em que tocam.
Seguidamente, convém reflectir sobre o facto de que existe um
mecanismo que, se não nos sintonizarmos com a negatividade, virá em
nosso auxílio para nos retirar os obstáculos do caminho. Não
precisaremos de mover um dedo sequer… As circunstâncias tratarão de
neutralizar todas as adversidades e, se possuirmos suficiente
merecimento, transformá-las-ão em factores de elevação para nós e para
tudo o que queiramos realizar de bom.
Isto não significa que devamos negligenciar as armadilhas que nos
lancem... Contudo, também não é produtivo que nos concentremos mais no
mal que eventualmente nos façam, do que no bem que o Universo
constantemente realiza a nosso favor!
Os desígnios do Pai foram concebidos de tal forma que, para todos os
seres, está preparada, desde o início, a melhor senda. Cada um é
convidado a trilhá-la, mas não obrigado a isso. Deus quer que todos
sigamos caminhos com ausência de sofrimento, todavia permite que
optemos por vias diferentes.
Aqueles que prejudicam deliberadamente os seus companheiros de
jornada, rejeitam as propostas do Senhor dos Universos; entretanto, os
que se focalizam na busca dos erros alheios ou das hipotéticas cabalas
de que se julguem vítimas, atraem para si ondas de negatividade que
podem tomar forma no seu quotidiano de maneiras imprevisíveis. Ao agir
desse modo, quer uns, quer outros, afastam-se do plano original de
Deus que delineou rotas destinadas a conduzirem a globalidade dos
seres criados à perfeição.
Para tudo na Vida é necessário o equilíbrio. Estejamos atentos aos
danos que nos tentem infligir! Temos o dever de nos esquivarmos,
antes que nos atinjam! Mas, conservemo-nos ainda muito mais sensíveis
ao Amor que o Divino tem por nós! Ele sabe colocar-nos na posição
indicada para nos livrarmos de todo o mal, respondendo ao pedido que
Jesus nos ensinou a fazer-lhe, mesmo no final do Pai Nosso…
Lembra-se?...
A Harmonia de Deus
Tudo no Universo é um reflexo de algo que lhe está acima e, por sua
vez, inspira aquilo que lhe está abaixo. Corretíssima é, pois, a
afirmação do grande Hermes que na sua sábia afirmação "o que está em
baixo é igual ao que está em cima" condensou inteligente e intuitivo
retrato das relações universais.
Trazer conhecimento desta monta para a vida de todos os dias é tarefa
das mais fascinantes, conquanto das mais arrojadas, especialmente na
sociedade de hoje, em que persistimos na pressa e na superficialidade,
quando deveríamos ater-nos mais à reflexão do que ao estouvamento com
que, não raro, coroamos os momentos mais decisivos das nossas vidas.
Mas, voltemos ao nosso Trimegistus, antes que se nos azede o
pensamento com divagações verdadeiras, porém, tristes. Ora, se há uma
correspondência, embora a níveis que falta definir, entre o
infinitamente grande e o infinitamente pequeno; uma vez que as leis
que regem o átomo são as mesmas que envolvem o astro; já que o sol que
ilumina o homem é o mesmo que aquece o verme... então, algo de comum
lhes há-de estar inerente, e isso que lhes está inerente há-de admitir
influências recíprocas a níveis que o nosso conhecimento ainda não
detectou mas já suspeita.
À luz desta interpretação do funcionamento das Leis Divinas, não será
difícil entender que quando se cria o caos ou a disciplina, estes
tendem a propagar-se em ondas que reproduzem a sua própria origem, tal
como o grito entre as montanhas exala de si o som que produz o eco que
o perpetua. Convém então perceber que, nós mesmos, apesar da nossa
aparente exiguidade no meio de tantos factores que influenciam o
cosmos, estamos constantemente a influenciar e a ser influenciados, no
cenário em que nos movimentamos.
Damos os gritos e ouvimos os ecos dos gritos dos outros, num
entrecruzar permanente de tendências, modos de ser, formas de pensar,
maneiras de falar e de sentir... Esquecendo, todavia, que, no mais das
vezes, todo este comércio permanente de ajustes que nos impomos uns
aos outros, quase sem nos darmos conta disso, nem sempre se processa à
superfície da vida; é, ao contrário, nas linhas subtis do
subconsciente, que se inscrevem a maioria dos sinais que nos gerem a
existência.
Divinamente sábio, Aquele que nos criou, conhecendo _ por Ele Mesmo a
ter criado _ a lei da mutabilidade, outorgou-nos, como testemunho da
sua inteligência misericordiosa, a oportunidade de, através da nossa
própria capacidade de influenciar e construir para o bem, a
possibilidade de irmos aperfeiçoando tudo aquilo em que possamos
tocar; quer com as mãos, quer com o pensamento, ou com a palavra, ou
pelos incontáveis métodos de propagação do nosso ser através das
dimensões em que nos movemos sem saber.
Assim, quando nos for dado, em qualquer circunstância, substituir a
escuridão pela luz, o ódio pelo amor, a tristeza pela alegria, a
revolta pela fé, a sujidade pela limpeza, a indisciplina pela
organização, o desentendimento pela concórdia, o atraso pelo
progresso, a ociosidade pelo trabalho... enfim, quando nos for
permitido _ mesmo à custa do sofrimento _ executar um pouco da tarefa
que compete a Deus, mas que Ele se permite partilhar connosco para
nosso engrandecimento; quando isso nos for oferecido... façamo-lo com
dignidade, com entrega, com emoção, porque estaremos colocando a nossa
pedra no edifício universal que, afinal de contas, também habitamos.
vez, inspira aquilo que lhe está abaixo. Corretíssima é, pois, a
afirmação do grande Hermes que na sua sábia afirmação "o que está em
baixo é igual ao que está em cima" condensou inteligente e intuitivo
retrato das relações universais.
Trazer conhecimento desta monta para a vida de todos os dias é tarefa
das mais fascinantes, conquanto das mais arrojadas, especialmente na
sociedade de hoje, em que persistimos na pressa e na superficialidade,
quando deveríamos ater-nos mais à reflexão do que ao estouvamento com
que, não raro, coroamos os momentos mais decisivos das nossas vidas.
Mas, voltemos ao nosso Trimegistus, antes que se nos azede o
pensamento com divagações verdadeiras, porém, tristes. Ora, se há uma
correspondência, embora a níveis que falta definir, entre o
infinitamente grande e o infinitamente pequeno; uma vez que as leis
que regem o átomo são as mesmas que envolvem o astro; já que o sol que
ilumina o homem é o mesmo que aquece o verme... então, algo de comum
lhes há-de estar inerente, e isso que lhes está inerente há-de admitir
influências recíprocas a níveis que o nosso conhecimento ainda não
detectou mas já suspeita.
À luz desta interpretação do funcionamento das Leis Divinas, não será
difícil entender que quando se cria o caos ou a disciplina, estes
tendem a propagar-se em ondas que reproduzem a sua própria origem, tal
como o grito entre as montanhas exala de si o som que produz o eco que
o perpetua. Convém então perceber que, nós mesmos, apesar da nossa
aparente exiguidade no meio de tantos factores que influenciam o
cosmos, estamos constantemente a influenciar e a ser influenciados, no
cenário em que nos movimentamos.
Damos os gritos e ouvimos os ecos dos gritos dos outros, num
entrecruzar permanente de tendências, modos de ser, formas de pensar,
maneiras de falar e de sentir... Esquecendo, todavia, que, no mais das
vezes, todo este comércio permanente de ajustes que nos impomos uns
aos outros, quase sem nos darmos conta disso, nem sempre se processa à
superfície da vida; é, ao contrário, nas linhas subtis do
subconsciente, que se inscrevem a maioria dos sinais que nos gerem a
existência.
Divinamente sábio, Aquele que nos criou, conhecendo _ por Ele Mesmo a
ter criado _ a lei da mutabilidade, outorgou-nos, como testemunho da
sua inteligência misericordiosa, a oportunidade de, através da nossa
própria capacidade de influenciar e construir para o bem, a
possibilidade de irmos aperfeiçoando tudo aquilo em que possamos
tocar; quer com as mãos, quer com o pensamento, ou com a palavra, ou
pelos incontáveis métodos de propagação do nosso ser através das
dimensões em que nos movemos sem saber.
Assim, quando nos for dado, em qualquer circunstância, substituir a
escuridão pela luz, o ódio pelo amor, a tristeza pela alegria, a
revolta pela fé, a sujidade pela limpeza, a indisciplina pela
organização, o desentendimento pela concórdia, o atraso pelo
progresso, a ociosidade pelo trabalho... enfim, quando nos for
permitido _ mesmo à custa do sofrimento _ executar um pouco da tarefa
que compete a Deus, mas que Ele se permite partilhar connosco para
nosso engrandecimento; quando isso nos for oferecido... façamo-lo com
dignidade, com entrega, com emoção, porque estaremos colocando a nossa
pedra no edifício universal que, afinal de contas, também habitamos.
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